segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

“A coisa está decidida à partida” – Estará mesmo?

Vagueando pela blogosfera encontrei, relativamente à situação política de Lisboa, o seguinte comentário:

O PS Lisboa vai a votos no dia 8 de Março. Já há duas listas: a de Miguel Coelho, com todos os pesos-pesados possíveis, a começar por Jorge Coelho; e a de Miguel Teixeira, apoiado por João Soares, entre outros. Cada um deles tem um blog de campanha. Ou me engano ou nem vai correr água debaixo da Ponte. A coisa está decidida à partida, ao que tudo indica.

O blog é o LisboaLisboa. Desconheço, naturalmente, as intenções do seu criador no que concerne às suas respectivas considerações políticas. Aliás, pouco me interessa se as suas opiniões têm alguma espécie de impacto ou se são vinculativas no seio da blogosfera lisboeta. No entanto, será sempre útil reflectirmos sobre a afirmação "a coisa está decidida à partida".

O desafio é tremendamente complicado, o próprio Miguel Teixeira já o confirmou. Provavelmente a sua abnegação, dedicação e coragem política poderão ser incipientes para tal desiderato. Daí estar rodeado de pessoas que acreditam nele e nesta candidatura. Daí ter jovens como nós que se revêm neste projecto, nesta mudança. Quando "a coisa está decidida à partida" emerge um sentimento de conformismo e até afastamento. As pessoas parecem começar a "enfiar a cabeça na areia" e sendo assim perdem os seus horizontes. Sem sombra de dúvidas: quero acreditar!

Será que em política "a coisa está decidida à partida"? Será que o empenho estóico de todos os militantes envolvidos neste combate não possibilita a mudança? Não sou especialista no tema mas deixo-vos estes exemplos. Só no regabofe madeirense, com um político que faz da democracia uma brincadeira carnavalesca, é que "a coisa está decidida à partida". Mesmo que me refutem com o argumento “o senhor demitiu-se e foi o povo democraticamente que o elegeu”. Com sinceridade, alguém um dia imaginou que Rui Rio vencesse eleições autárquicas no Porto contra a supremacia de Fernando Gomes? Alguém acreditava que o nosso camarada Joaquim Raposo derrubasse em 1998 o poder instituído por parte do PCP? E Manuel Alegre? Alguém no seu esplendoroso optimismo acreditava que um movimento de cidadãos tivesse uma percentagem de votos passível de orgulhar qualquer sociedade democrática?

O caminho faz-se caminhando. É um caminho difícil, uma batalha árdua e uma lógica partidária que dificilmente se desmantela. A camarada Leonor Coutinho provou que é possível bravatear esta lógica. O camarada Miguel Teixeira desenvolve a sua acção numa direcção de mudança, de renovação de conferir a participação aos militantes. E bem sabemos que há exemplos de sucesso quando a coisa parece estar decidida à partida.
Vamos provar que a coisa não está decidida à partida e que muita água correrá debaixo da ponte. Força Camaradas, sou daqueles que acredita que em política a coisa nunca está decidida...!
Saudações Socialistas!

1 comentário:

Gustavo Gouveia disse...

Meu amigo, está decididissimo á partida! apostava mil euros na vitória do Miguel!!!
Qual deles? eheh