sexta-feira, 21 de março de 2008

Não passam mais

(...)

Em nome de quantos corpos
nossos filhos foram feitos.
Em nome de quantos mortos
vivem nos nossos direitos.
Em nome de quantos vivos
dão mais vida à nossa voz
não mais seremos cativos:
O trabalho somos nós.

Por isso tornos enchadas
canetas frezas dedais
são as nossas barricadas
que dizem: não passam mais!

(...)

Em nome da nossa frente
e dos nossos ideais
diante de toda a gente
dizemos: não passam mais!

(...)

Passaremos adiante
com passo firme e seguro.
O passado é já bastante
vamos mudar o futuro.

(ênfase acrescentado)
in Obra Poética, José Carlos Ary dos Santos
Raquel Brito

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