Em nome de quantos corpos
nossos filhos foram feitos.
Em nome de quantos mortos
vivem nos nossos direitos.
Em nome de quantos vivos
dão mais vida à nossa voz
não mais seremos cativos:
O trabalho somos nós.
Por isso tornos enchadas
canetas frezas dedais
são as nossas barricadas
que dizem: não passam mais!
(...)
Em nome da nossa frente
e dos nossos ideais
diante de toda a gente
dizemos: não passam mais!
(...)
Passaremos adiante
com passo firme e seguro.
O passado é já bastante
vamos mudar o futuro.
(ênfase acrescentado)
in Obra Poética, José Carlos Ary dos Santos
Raquel Brito
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